quarta-feira, 4 de maio de 2005

Algarve sem Hospital Central

"O ministro da Saúde vai iniciar os processos para a construção de apenas cinco dos dez novos hospitais anunciados pelo anterior Governo e vai encomendar estudos técnicos para hierarquizar as prioridades nesta área, anunciou hoje a tutela.

No entanto, e em relação às cinco restantes propostas do Governo anterior - Vila Nova de Gaia, Vila do Conde/Póvoa do Varzim, Guarda, Évora e Hospital Central do Algarve -, o Ministério da Saúde alega que "não foi possível encontrar documento técnico escalonando as respectivas prioridades de construção".

O Ministério da Saúde informa ainda que "não se encontrou justificação para a não inclusão na lista [dos novos hospitais a construir] do Hospital de Todos-os-Santos (Oriental de Lisboa) ou de um novo hospital na Margem Sul, frente a Lisboa, ou, eventualmente, de outros" que constituam hipóteses a ter em conta."


É pena.
É pena que seja necessário um "documento técnico escalonando as respectivas prioridades de construção" para evidenciar a necessidade de um Hospital Central no Algarve.
É pena que outros hospitais que não estavam na tal lista dos 10 iniciais já possam vir a ser incluídos, mesmo sem "documento técnico escalonando as respectivas prioridades de construção". Neste caso não há documento a justificar a não inclusão, no caso do Algarve falta o documento para justificar a inclusão...
É pena porque este projecto iria desenvolver o Parque das Cidades e permitir a criação da Faculdade de Medicina.
É pena porque uma região turística com serviços de saúde fracos é pouco apetecível.
É pena que o Sr. Ministro nunca tenha tido que ir a uma urgência hospitalar no Algarve no mês de Agosto.
É pena se o PS Algarve não conseguir explicar ao ministro a necessidade do Hospital.
É pena que na campanha eleitoral o agora Ministro tenha dito que não iria construir o Hospital e depois, sob pressão do PS Algarve, tenha dito que afinal nada estava decidido. Afinal estava.
É pena se os deputados do PS e do PSD pelo circulo do Algarve não se unirem nesta luta, bem como todas as Câmaras Municipais.
Que pena...

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